sábado, 6 de agosto de 2011

Marcelo, o menino que foi suspenso da escola por gostar de rock

  • Marcelo, 8, é advertido por diretora de escola de São José do Rio Preto (SP) por gostar de rock pesado Marcelo, 8, é advertido por diretora de escola de São José do Rio Preto (SP) por gostar de rock pesado
A situação do garoto Marcelo Corrêa Carvalho, 8, que foi repreendido pela diretora por gostar de rock pesado e acabou abandonando a escola, virou assunto e ganhou as ruas de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo). O caso está em programas de TV e rádio, e profissionais de várias áreas debatem se a diretora agiu certo ou errado.
O menino estava em seu primeiro dia de aula na escola no colégio Ponto Alfa quando foi repreendido pela diretora, Ana Maria Fernandes, por gostar de rock pesado. Ele é fã da música de Iron Maiden e Ozzy Osbourne. Depois da bronca da diretora, Marcelo não voltou mais à escola e deixou de tocar guitarra e violão, instrumentos de que mais gosta e toca desde pequeno.
Para o psicoterapeuta Renato Dias Martino, que também é professor universitário e já teve uma banda de rock, a diretora errou. “O que ela fez foi absurdo”, disse ele ao UOL Notícias. Martino considera que, como educadora, ela precisaria ter cautela, principalmente por ser administradora de um colégio que prega a inclusão.
O terapeuta considera que o rock pesado é uma forma de extravasar temas que são tabu. “O rock é uma forma lúdica de lidar com o perverso. Ela foi incapaz de entender isso”, disse Martino. Para ele, a diretora não tem preparo para a função que ocupa.
“Criança é rebelde mesmo. O fato de a criança ser agressiva não significa que ela não pode mudar. Acontece que professor não gosta de criança assim porque dá trabalho. Tudo aquilo com o qual a gente brinca quando é criança não significa que vai praticar quando adulto.”
A psicóloga cognitiva e especialista em comportamento Irene Araújo Corrêa concorda com o colega. Ela defende que a diretora teria de conversar primeiro com a família em vez de questionar a criança. “A escola falhou”, diz.  Ela também questiona o comportamento da mãe de Marcelo, que levou o caso à imprensa. “Ela expôs a criança, quando poderia ter chegado num consenso com a escola.”
Marcelo foi retirado da sala de aula depois que começou a batucar na carteira como se estivesse tocando bateria. A diretora Ana Maria Fernandes questionou seu comportamento, e ao descobrir que ele é fã de rock pesado o alertou que todas as letras das músicas que ele ouve fazem referência ao demônio.
“Eu quis despertar nele uma reflexão para a realidade. Esse é meu trabalho, e as letras que ele ouve fazem alusão à besta, ao demônio. Não tem mensagem positiva”, disse ela ao UOL Notícias.
A educadora Ada Maria de Assis, dona de duas unidades de ensino em inglês para crianças e adolescentes, considera que a escola agiu errado. “Cabe à família decidir as influências para a criança. Hoje há inversão de papéis. A mãe é quem deve educar nesse sentido, não a escola”.
A educadora disse acreditar que a diretora teve uma atitude conservadora, parecida com a adotada por frequentadores de igrejas evangélicas. “A música não interfere no comportamento. Não há nenhum problema em gostar de heavy metal. A agressividade tem outras bases para surgir”, afirmou.

Letras podem ser maléficas, diz pastor

Nara Corrêa Carvalho, 26, mãe de Marcelo, disse que ele voltou para casa apavorado com o que viu na sala da diretora. Segundo Nara, Marcelo contou que a diretora lhe mostrou imagens de demônios e disse que os roqueiros fazem rituais satânicos. “Ela disse que eles sacrificam animais, cortam as cabeças e que têm pacto com o demônio. Ele ficou apavorado.”
O pastor evangélico Tiago Seilert, da Igreja Luterana no Brasil, afirmou concordar parcialmente com a decisão da diretora do colégio Alfa. “Realmente existem letras malignas que influenciam gerações. O que ela disse tem fundamento”, afimou ele.
Porém, o pastor disse acreditar que a diretora exagerou na dose de realidade para a criança. “Eu acho que o estilo musical não é maléfico, mas as letras podem ser”. Para ele, a diretora errou ao passar por cima dos pais. “Ela exagerou.”
A família do garoto se mudou para São José do Rio Preto há 15 dias. Marcelo é fã dos Beatles e do The Who desde os 2 anos, mas hoje prefere Iran Maiden e Ozzy Osbourne. É um garoto considerado superdotado.
Depois do episódio, Marcelo fica em casa, enquanto a mãe procura uma nova instituição de ensino para o filho. A família vai processar a escola. O caso está protocolado no Conselho Tutelar Sul de São José do Rio Preto, que deve apresentar a denúncia ao Ministério Público da Educação.
“Essa pessoa tem que entender que as crenças dela não podem interferir na educação das crianças”, disse Nara, mãe de Marcelo. A diretora Ana Fernandes informou ao UOL Notícias que não tem religião, é uma pessoa cristã e lê apenas a Bíblia.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Axl elogia economia brasileira

AXL ROSE, fez uso da página da banda na rede social FACEBOOK para, muito eloquentemente, comparar as dívidas externas dos EUA e do Brasil. Ponderou o Sr. Rose: ‘Quem caralhos sabe o que essa merda de débito significa http://bit.ly/gbldebt (nota do tradutor: link para o relógio das dívidas externa e interna de vários países, atualizado em tempo real) mas o Brasil parece ir muito bem. Faz sentido que as pessoas estejam indo pro espaço sideral!’
O link para o perfil do Guns N’ Roses no FB pode ser acessado clicando em:
http://www.facebook.com/#!/gunsnroses

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Um absurdo ! Preconceito ! Menino é suspenso de escola só por gostar de rock.

A matéria foi publicada hoje no UOL.
O primeiro dia de aula do garoto Marcelo Corrêa Carvalho, 8, no colégio Ponto Alfa, em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) foi também o último. Seus pais decidiram mudar o menino de escola depois de ele ser repreendido pela diretora por gostar de rock. Marcelo é fã das bandas como Iron Maiden e roqueiros como Ozzy Osbourne.
Segundo a diretora da escola, Ana Maria, “Eu quis despertar nele uma reflexão para a realidade. Esse é meu trabalho, e as letras que ele ouve fazem alusão à besta, ao demônio. Não têm mensagem positiva. Eu conversei três horas e meia com Marcelo. Ele é agressivo, e isso se deve a esse hábito de ouvir essas músicas que estimulam a violência.”
Leia a matéria completa no UOL no link abaixo.
http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/08/03/menino-de-8-anos-e-repreendido-po...

É triste saber que isse tipo de preconceito nojento ainda existe.
Eu já sofri muito com isso, ano passado mesmo, o meu caderno escolar tinha a capa toda colada com logo tipos de bandas ( Iron, Ozzy, Guns, Metallica, AC/DC, Led Zeppelin e muitos outros), como eu nunca fui uma aluna exemplar a diretora disse que queria ver meu caderno e blá bla, quando ela pegou o caderno quase desmaiou, ela sabia bem o meu gosto musical, mas ficou horrorizada, na mesma hora ligou pros meus pais que tiveram que ir na escola conversar com ela. Ela disse um monte de merda, ate que eu levantei e perguntei se ela já havia ouvido algum disco do Maiden , do Zeppelin ou do Guns, ela ficou sem graça e disse que não, ai eu perguntei entao como ela era capaz de julgar uma coisa que nao conhecia.
Sai da escola no mesmo ano que isso aconteceu. E também sempre fui considerada estranha pelos colegas de turma por gostar de rock, mas eu nao ligo, eu sou assim e ponto.